Thatá Riani

08 setembro, 2014

Não seja pior que o "macaco" de Patrícia Moreira (e de parte da torcida do grêmio)

Eu sou negra! Muitas pessoas devem ler isso e falar (os que não falam pensam): "Calma aí, Thalita, você não é negra, é moreninha, mas não chega a ser negra.” Não, gente, eu sou negra! Não existe a raça bem moreninha. E pera lá, qual o problema de ser negra? Sinceramente, aí está o início de um preconceito que parece não ter fim.

Quando aconteceram todos os episódios de racismos nos estádios, claro que fui contra, mas não fiquei chocada. A sociedade é racista, preconceituosa, e querem saber a verdade? Nunca vai mudar. Ela pode se camuflar e não expressar sua opinião aos quatro cantos, mas de fato, isso nunca vai mudar. Cada um carrega dentro de si um tipo de preconceito, seja ele qual for.

Podem parar de dizer ou pensar: "Qual é? Eu não tenho preconceito nenhum." E eu mais uma vez afirmo, com toda convicção e sem medo de errar: Tem sim. Se não tem, me diga se o que está acontecendo com Patrícia Moreira é ou não é uma forma de preconceito? É ou não é uma atitude intolerante e nazista? Quem critica, xinga, humilha, vai à porta da delegacia para massacrar a menina com duras palavras de ódio e acusação acaba sendo mais cruel do que ela ao gritar MACACO para o goleiro do Santos.

Não estou defendendo a Patrícia, claro que não. Ela errou, errou feio, errou como as outras centenas de pessoas que estavam gritando na arquibancada, errou como quem jogou uma casca de banana para Daniel Alves (que por sinal deu um belo exemplo de como lidar com o preconceito: sambando na cara dele), errou como quem xinga um juiz de filho da puta, errou como eu que, às vezes, me pego julgando algumas pessoas sem saber de fato o que aconteceu, errou como você que se espantou quando eu disse que sou negra, querendo me fazer acreditar que eu sou só "moreninha". Tá vendo! O preconceito está aqui, ali, em todo lugar. E não é assim que vamos combatê-lo.

As pessoas precisam ser menos intolerantes, ignorantes e justiceiras. Isso não leva uma sociedade a lugar nenhum. Só nos mostra o quão piores podemos ser. Ela merece pagar pelo crime de injúria racial e ponto final.


Porque, vocês vão me desculpar (ou não, sinceramente não me importo), o que essa Patrícia Moreira vem sofrendo da mídia, das redes sociais e de certas pessoas que se dizem lutar pelo direito dos negros, a meu ver, é bem pior do que ela fez com o goleiro Aranha. Que, tudo bem, sofreu impiedosamente com os xingamentos, e tem todo o direito de denunciar e cobrar uma punição À altura do crime cometido. Mas, nem ele e nem ninguém, tem o direito de agir da mesma maneira que Patrícia Moreira agiu, com palavras rudes, grosseiras e tratando a menina como se fosse o pior ser humano da face da terra. Eu cheguei a ouvir que estavam desejando a morte da garota. Pelo amor de Deus, é assim que vocês querem acabar com o preconceito? É assim que vocês querem paz? Então se a pessoa erra ela deve morrer? Se fosse assim, a humanidade estaria extinta, a começar por pessoas como você que se acha tão superior ao ponto de garantir que nunca cometerá erro nenhum. O seu erro começa aí, e seu preconceito também! 
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29 agosto, 2014

Bolsa de mulher

 Tem coisa mais bizarra do que uma bolsa de mulher? Sim, eu sou mulher, mas nem por isso entrarei em minha defesa nessa questão, porque não existe defesa para isso. Sério!

Quanto maior, melhor.  Tem que caber tudo. Carteira, chave de casa, chave do carro, a bolsa de maquiagem, chiclete, bala,  remédios, escova de dentes, escova de cabelo, óculos de sol, óculos de grau, absorvente e afins, sombrinha (E meu cabelo? pode chover a qualquer momento ou.),celular, carregador do celular, fone de ouvido, mais as outras coisas que temos que levar no dia. 




E como sobreviver com essa bagunça toda? Por mais organizada que uma mulher seja, é impossível que sua bolsa siga esse exemplo. Não dá! Nós, mulheres, não conseguimos sobreviver no dia a dia, sem os nossos kits de emergência. E o que acontece? A gente mesma se perde no meio de tanta tralha, digo, necessidade.



Saímos de casa e vamos pegar a chave do carro e... cadê? Ai, onde essa chave foi parar? Eu jurava que tinha colocado ela nesse bolsinho aqui. Claro, para completar, e nos deixar ainda mais confusa, quanto maior a bolsa mais compartimentos ela tem. E o pior, é que, quando estamos comprando a bolsa, e a vendedora diz que ela é cheia de bolsinhos, nós vamos ao céu e voltamos de tanta felicidade. Achamos super útil uma bolsa grande com várias outras bolsinhas dentro. Agora, na hora que estou procurando a chave do carro - e atrasada , como sempre - me pergunto: Por que Deus? Por que não comprei aquela pequena, de lado, que mal cabia a chave do carro? Já sei, porque não dá pra sobreviver somente com ela. Ok, já entendi!

Entendi, mas ainda não achei a droga...ufa consegui, tava aqui no fundo da bolsa, mas eu jurava que tinha colocado ela no bolsinho externo do lado esquerdo. Ah não, acho que coloquei lá na semana passada. Pois é, ainda tem essa, insistimos em colocar as coisas cada dia em um lugar.

Agora que achei a chave já posso sair. Mas ainda tenho que passar no posto de gasolina. Vou colocar só 20 reais, porque é fim de mês e a coisa tá...ué, cadê minha carteira? Ai, gente, de novo não! Peraí frentista querido, só mais um minutinho, já vou achar, ela só pode tá aqui, embaixo da sombrinha. Peraí, e...pronto, achei, tava aqui, aí tá vendo. Pronto! Pago, olho pra o lado e vejo tudo o que estava dentro da bolsa no banco do carona. Que bagunça! Mas vamos lá, jogo tudo de volta e continuo minha aventura até o trabalho.

Chego no escritório, e ok, tá tudo certo. Me acomodo na minha mesa (Bagunçada. Eu sou assim. Fazer o que?) e vou pegar meu celular, pegar não, procurar, porque com certeza ele também se perdeu na imensidão da minha bolsa. Por falar em celular, já passei tanto aperto por perder ele dentro da bolsa. Já tive , no mínimo, uns 15 ataques do coração, todas as vezes que fui a caça dele e não encontrei. Todas as vezes, todas mesmo, sem exceção, eu achava que tinha perdido, não na bolsa, perdido mesmo de verdade. E entrava em desespero. Nas primeiras vezes, colocava quem estava do meu lado em desespero também, e meu namorado protagonizou a maioria dessas vezes. 

No início, ele se preocupava, mandava eu procurar com calma, e até tentava me consolar prometendo me dar um celular novo.(Fofooooo!) Mas como eu sempre achava ele perdido na bolsa, o desespero passava e eu, é claro, ficava sem o celular novo. Por isso, hoje em dia, não tenho mais credibilidade nenhuma. Perco meu celular , começo a procurar enlouquecidamente dentro da bolsa, suo frio, grito, choro, e o que ele diz? "Sem show, procura direto, ele está aí nessa sua mala. Pode procurar! " Insensível, grosso, e... ACHEI! Ufa, achei o celular! Eu tenho que lembrar de colocar ele no lugar para celular, mas é claro, eu nunca lembro, e vivo nesse desespero.


Vivo mesmo, porque isso acabou se tornando parte da minha rotina. Todo dia perco alguma coisa dentro da bolsa, todo dia acho que meu mundo acabou porque perdi meu celular, todo dia faço o frentista ficar olhando pra minha cara querendo me matar, todo dia fico minutos, que  mais parecem horas,  no portão da minha casa vasculhando minha bolsa atrás da chave perdida, todo dia meu namorado ri da minha cara, todo dia e eu não aprendo a comprar uma bolsa menor ou, pelo menos, organizar a maior. Todo dia! Ai, cadê o pendrive com os documentos do trabalho que eu jurava que tinha colocado dentro dessa bolsa. Ai que ódio! Pra que uma bolsa desse tamanho, pra que? Todo dia, toda hora, sempre, não adianta eu não aprendo.

Sabe qual um dos maiores sonhos da minha vida?
Conseguir viver em um mundo onde minhas bolas sejam assim: 



Sim, eu tenho sonhos simples e organizados. Pena que na realidade a minha vida seja exatamente o oposto: bem complicada e muuuuuito bagunçada!
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25 agosto, 2014

Não dependa dele pra ser feliz



Terminar um namoro é um pesadelo só, principalmente quando somos nós que levamos o pé na bunda.

 Às vezes, achamos que tudo está indo muito bem, e lá vem o rapazinho e joga aquele balde de água fria na nossa cabeça.

Achamos que é o fim, não o fim do relacionamento, porque esse ele já decretou, o fim da vida mesmo! Normal, nos apaixonamos, nos entregamos, dividimos nossa vida com ele, e sem mais nem menos, tudo acaba, assim, do nada. Sem nenhum aviso prévio. Do dia pra noite nos vemos sozinhas, sem as mensagens fofas durante o dia,

sem as ligações de boa noite,



sem os passeios de mãos dadas,



sem nossos sonhos, tudo acaba em um instante. E como passar por isso?

Sofrendo e vivendo o luto. Sério! A gente abre o berreiro, acha que o mundo vai acabar inundado por nossas lágrimas e pensamos que vamos morrer.


Essa é a hora do luto, e TODO MUNDO, que passa por isso, precisa viver esse momento. TODO MUNDO mesmo, assim, em letra maiúscula. O seu relacionamento acabou? Então curta o luto! Chore, chore muito, hiberne na sua caverna (mais conhecida como quarto),



 coma brigadeiro de panela (não muito, porque depois vai ser difícil correr atrás do prejuízo),



 escute músicas do Jorge e Mateus (gente, eles nos entendem perfeitamente. Incrível!),

 veja todos os filmes água com açúcar que puder, e sofra.


Sofra muito! Você precisa passar por esse tempo para que, sua tristeza, passe de uma vez por todas.

Depois tente se apegar a todas as coisas ruins que aconteceram durante o tempo em que estiveram juntos. Estamos tão loucas de paixão, que não nos damos conta do mal que esse relacionamento nos fazia. Então, um bom exercício para enxergar o lado bom essa separação,  é se lembrar daquilo que nunca te fez bem. E olha que não são poucas coisas. Ele não deixava você sair com suas amigas? Era super ciumento? Não queria que você usasse roupa curta? Era grosso quando vocês brigavam? Ele sempre dizia que odiava baladas, mas quando era solteiro vivia na gandaia? Vocês viviam discutindo? Nunca concordavam com nada?

 Pense nisso e descubra se você era mesmo feliz nesse relacionamento.

Redes sociais. Eu daria um conselho para você parar de agir como detetive e esquecer a vida do garoto. Mas como eu sei que, no início, você não vai conseguir então eu digo, e repito, em voz alta: INVESTIGUE TUDO! SEJA O SHERLOCK HOLMES BRASILEIRO E INVESTIGUE TUDO! 


Quanto mais você vê que ele é um babaca, mais raiva você vai sentir e mais chances você vai ter de esquecer ele. Não tape o sol com a peneira, de novo não.

Mas por favor, tente não  ligar, não mandar mensagem, nem What sapp, muito menos indiretas diretas no Facebook. Controle-se, menina! Eu juro que vai valer a pena! Não se entregue! Seja forte, você consegue!

Depois de ter passado pelo período de luto com êxito (isso inclui não ir atrás dele, por favor hein?!), chegou a hora de você renascer. Fique linda, mais linda do que você já é! Saia, vá se divertir, conheça pessoas novas, descubra o mundo que existe, mas que esse relacionamento não deixou você conhecer. Mostre para você mesma o quanto você pode ser feliz sem depender de ninguém. É , menina, sua felicidade só depende de você mesma.

Quando você se der conta, vai perceber que ele já não faz mais nenhuma diferença na sua vida. Você vai chegar a conclusão que o mundo existe, e ele é tão cheio de gente, tão cheio de possibilidades, tão cheio de novidades, tão cheio de coisa boa. Vai conhecer uma nova garota, aquela que existe e é feliz, sem depender de mais ninguém.


E te digo mais, quando você menos esperar, o mocinho que te esnobou, que não se importou com seus sentimentos, e que terminou tudo sem dar mais nenhuma chance para o amor, vai voltar. Ah, menina, eles sempre voltam! 



Eles sempre sofrem. Sofrem sim.  (E nada melhor do que ver um babaca sofrendo. hahaha)





Mas aí, gata, chegou a sua vez de esnobar, porque aí já vai ser tarde demais. 


Porque você, ah você descobriu um mundo muito melhor sem ele. E não vai ser umas flores, ou uma caixa de bombom que vão fazer você voltar atrás.



 Enquanto ele, ainda vai demorar muito pra ser feliz como era com você! Mas e daí? isso não importa mais. Afinal você vai estar tão feliz, que vai desejar que ele seja feliz também, até porque como dizem por aí: Gente feliz não enche o saco!





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24 agosto, 2014

Não guarde mágoas ou, pelo menos, tente!

Ainda bem que eu aprendi a não guardar mais mágoa. Na verdade não aprendi, estou aprendendo. E a cada mágoa lançada fora do meu coração é uma vitória que eu comemoro com pulinhos de amor. (que fofa!) Tudo bem que às vezes, nossa vontade mesmo é  pular em cima de quem nos magoou tentando transferi esse sentimento para ela. Outras vezes preferimos remoer a  mágoa e ignorar, ou tratar a pessoa com indiferença. Mas pra quê? O que ganhamos com isso? Mais raiva, mais rancor, mais sentimento ruim para nós mesmos.

Eu entendo que em algumas vezes nós precisamos, pelo menos, daquele momento de luto. Fui magoada, então preciso me restabelecer e por isso, não chegue perto de mim, não fale comigo, caso contrário, não receberá uma resposta muito agradável. Normal! A gente se recolhe para sofrer menos e, pra não deixar a nossa mágoa magoar a outra pessoa. Principalmente quando nos preocupamos com ela. O que acontece na maioria das vezes, afinal não nos magoaríamos com quem não significa nada para nós.  Só não podemos deixar esse sentimento ruim nos consumir. Assim que a mágoa passar, devemos nos abri pro perdão. É difícil, eu sei. Ainda mais quando o assunto fica naquela lista dos "imperdoáveis". Tem hora que não dá, a gente tenta, a gente pensa, a gente se esforça ao máximo, mas não consegue se libertar.

Tem dor que machuca muito, e por mais que você faça curativos todos os dias, aquela ferida nunca se fecha, e quando se fecha, deixa cicatrizes. Com o passar do tempo a gente olha pra ela - igual quando olhamos para a cicatriz no joelho que ganhamos quando caímos de bicicleta na infância - e pensamos : pois é, você está aí, está aí porque te machucaram. E assim como quando você era criança, a cicatriz está ali, e permanece, às vezes, a vida toda, para te mostrar que descer o morro íngreme, na velocidade máxima, sem tomar as devidas precauções pode fazer você levar um tombo daqueles e permanecer com essa marca pro resto da vida. Mas isso fez com que você desistisse de andar de bicicleta? Não, você só não mais se entrega sem se prevenir, e se , por acaso, acontecer de novo, você já sabe lidar melhor com a dor, do joelho e do coração.
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23 agosto, 2014

Primeira experiência, nada saudável, com o Sus.

Pela primeira vez, em toda minha vida, precisei utilizar os serviços de saúde pública. Crescer tem dessas também, a gente perde o plano de saúde da empresa do pai, e se lasca. Por falar nisso nunca entendi direito essa política de dependentes dos planos de saúde. Por que os filhos perdem o direito quando chegam a uma determinada idade e as esposas não? Eu serei sempre filha do meu pai, já as esposas nem sempre. Mas enfim, eu perdi o plano há um ano.

 Nesses longos 25 anos de vida e plano de saúde, se eu precisei usar umas 10 vezes foi muito, portanto gastar dinheiro com isso pra quê? Que desperdício! Tá tudo certo, se precisar de uma consulta, vou lá e pago.

Durante o primeiro ano, não passei perto de nenhuma clínica, vivi tranquilamente, longe dos médicos e remédios. Mas de um mês pra cá, precisei ir a três especialistas diferentes, haja dinheiro. Mas tudo bem, escolha minha. Na última necessidade de pagar uma consulta assustadoramente cara, a médica, em questão, não tinha vaga, mas eu estava com uma dor de cabeça assustadoramente dolorosa. Portanto depois de ouvi da minha mãe que eu deveria pagar um plano de saúde, que nessas horas é que a gente sente falta, que se eu tiver que internar como vou fazer e todo aquele blá blá blá chato, mas que faz todo sentido do mundo, ela me sugeriu procurar o SUS. Me rendi, não podia ser tão ruim assim, e não foi mesmo. Foi pior.

          Cheguei ao pronto atendimento público da minha cidade. Como boa e velha brasileira pedi auxilio a amiga da minha mãe, que trabalha lá, pra me dar uma ajudazinha no atendimento. Ela ajudou e uma hora depois (imagina se não tivesse ajudado) fui ouvi meu nome. Entrei.

- Coloca sua mala ali no chão, no cantinho - Coloquei.

- Agora senta, virada pra porta, de lado pra mim - Sentei

- Me diz, o que você está sentindo?

- Então, sabe o que é, eu tenho rinite né...

- É pra dizer o que você está sentindo, rinite é um diagnostico do médico.

        Mas é o que eu estou sentindo ué, estou sentindo rinite. Dizer isso já economiza dizer, estou com nariz entupido, cansaço, falta de ar, e todos esses sintomas que caracterizam essa doença chata, que me adora.

- Dor de cabeça...

- Ham, mais o que?

- Escoriação e... - Era pra dizer coriza, mas disse escoriação, estava tão nervosa com a “educação” do rapaz que só me dei conta da besteira que eu falei, depois que falei ela, duas vezes.

- Tá ótimo! Isso é só uma triagem tá? Pode tirar a pressão dela.

      Só isso? Tá bom? Já? Como assim? Economia de sintomas? Por estar usando o serviço público tenho direito a dois sintomas por consulta, é isso? Só de saber da dor de cabeça, e da escoriação, digo, coriza, já dá pra saber o que se passa comigo? Bem, é só uma triagem, muito da mal feita, mas é só uma triagem, quando o médico me atender poderei falar tudo o que sinto. Pensei.

- Há quanto tempo você tá assim?

- Bem, a rinite começou há três semanas e...

- Três semanas?! Vou colocar uma semana na sua ficha tá? Senão não vão querer te atender e vão te mandar para posto médico.

- Hãm? Tá né!

     Voltei para sala de espera, e esperei, esperei, esperei, por mais 1 hora. Isso porque a amiga da minha mãe estava intercedendo por mim, talvez apenas em oração, pela demora. Enfim, o médico me chamou. Entrei na sala, ele olhou minha ficha e disse:

- Hum, dor de cabeça né? Abre a boca. Abri.

Ele colocou aquele palito de picolé na minha “goela” e disse:

- Sinusite!

- É eu imaginava que fosse mesmo e...

- São 35 anos de profissão minha filha, eu sei o que to dizendo. Compra esse remédio aqui, é pra tomar 10 dias, mas uma caixa é suficiente pra você. E toma esse outro aqui pra dor. Vai vê, rapidinho vai ficar ótima.

     Foi assim, minha espera demorou 2 horas e minha consulta 2 minutos. Sei que ele nem lembra dá minha cara, já eu nunca vou esquecer a dele. Sai de lá correndo, liguei para um amigo, contei a história e pedi pra ele me lembrar de fazer um plano de saúde no dia seguinte. Levei um SUSto, SUSpendi a ideia de não ter um plano e pretendo não precisar do SUS nunca mais. O pior é saber que pagamos caro por isso. Nos impostos e na hora do atendimento. 
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